domingo, 4 de agosto de 2013

Fanfic: Black Angel

Capítulo 2
A Festa
Voltei para casa e diferente dos outros dias, eu não liguei o rádio na frequência policial. Passei um tempo em frente em frente ao armário até escolher minha roupa. Procurei por algo que não fosse muito... Preto.
Ouvi batidas na porta e gritos de Mike, peguei minha jaqueta e abria a porta.
–Uau! – Ele me olhou dos pés à cabeça – Gata, assim você ainda me mata! – Ri revirando os olhos
–Você também não está ruim, Mike. Onde estão Suzi e Lucy?
–No carro, vamos? – Assenti
Pessoas dançando, copos descartáveis coloridos, besteiras e salgados para comer, músicas animadas... A festa acontecia na quadra de esportes e no campus onde ficava a piscina. Lucy logo encontrou umas amigas e se afastou eu ainda estava tonta e confusa com tantas luzes e barulho, quando percebi, Mike também não estava por perto. Suzi e eu paramos na quadra de esportes.
–Alicia? Você está bem? – Perguntou Suzi rindo da minha cara de boba
–Sim, claro que estou. – Sorri
–Então eu vou pegar uma bebida, quer?
–Não, não, valeu. – Ela se foi cumprimentando quase todos que passavam por ela
Tenho que admitir que eu sentia falta disso.
–Lis? – Alguém chamou atrás de mim tocando o meu braço, me virei imediatamente e vi.
Eu já havia visto aquele rosto antes, em algum lugar. Era um homem alto e muito, muito bonito, ele tinha olhos claros, cabelos negros, a pele branca, estava com uma camisa azul clara e jeans escuro.
–Não se lembra de mim, Lis?
–Me desculpa, eu... Lis? Ninguém me chama de Lis desde o colegial!
–Exatamente, não vejo você desde o primeiro ano...
–Oh Meu Deus! Dick? Dick Grayson?
–Finalmente! Pensei que não ia se lembrar! – Me pendurei em seu pescoço abraçando-o
–Me desculpe, é porque não nos vemos há tanto tempo. – Deslizei minhas mãos tocando seus braços fortes – Você cresceu... E ficou forte!
–E você está... Linda! – Rimos juntos
–Você também ficou... Muito bonito!
–Eu não era muito bonito quando nos conhecemos, acho que mudei um pouco. Você sumiu... Por quê? – Ele continuava enlaçando a minha cintura
–Eu resolvi estudar por correspondência...
–Cansou da correria da facul? – Ele sorriu
–Sim.
–Alicia, tem certeza que você não quer... Dick? – Susana chegou com um copo cheio de alguma coisa alcoólica
Me afastei dele sem graça enquanto eles se cumprimentaram.
–Bem, eu vou pegar uma bebida para mim, você quer Lis?
–Sim, por favor.
–Vê se não foge de mim de novo. – Dick sorriu e se afastou
–Eu te deixo sozinha por um minuto e os gatos atacam, hein Lis? – Provocou Susana rindo
–Que engraçadinha!
–Anda Alicia! Se diverte um pouquinho... – Ela falou dando uma cotovelada leve em meu braço
–Eu vou tentar.
–Aqui está. – Dick chegou e me entregou um copo
–Obrigada.
Suzi saiu de fininho.
–Então, Lis... Me conte as novidades! – Ele berrou tentando soar mais alto que a música eletrônica
–Eu não vou conseguir. – Ri – O barulho...
–Tem razão, vem. – Ele me puxou para a saída
...]
–Onde estamos indo? – Eu não reconhecia mais os corredores, nós estávamos apenas subindo escadas.
–Estamos chegando. – Ele abriu uma porta onde havia uma placa onde estava escrito“Apenas pessoal autorizado”.
–Você tem autorização? – Quando terminei de falar eu já estava no terraço
Não havia mais ninguém ali, o céu estava estrelado e a lua estava cheia e enorme, era um espaço grande e não tinha proteção alguma, havia duas cadeiras de praia apontadas para a lua.
–Uau! Como foi que achou esse lugar?
–Matando aula. – Ele riu como se estivesse sem graça e me puxou até a beira com intenção de me deixar com medo
–Que coisa feia, senhor Grayson! – Fiz sinal de negação
–Já faz muito tempo, eu não faço isso.
–Você sempre traz garotas aqui? – Perguntei fingindo me importar
–Só as especiais... – Ele sorriu... E que sorriso! – Na verdade, você é a primeira garota que sobe aqui comigo.
–Me sinto honrada! – Ironizei e ele riu
–Sinta mesmo! Agora me conte as novidades. – Ele se sentou em uma das cadeiras e fez sinal para que eu me sentasse na outra.
–Não é nada de mais, Dick... – Me sentei ao seu lado – Agora eu trabalho na lanchonete da Dona Martha e moro sozinha... Essas são as coisas mais emocionantes que tenho para contar! – Ele riu e depois eu o acompanhei
–O café da Dona Martha era o melhor... Ainda é?
–Sim, é incomparável! – Rimos – E as suas novidades?
–Bem... Agora eu trabalho com o Bruce nas empresas Wayne... E ainda estou na mansão Wayne.
–É uma empresa bem grande. – Bebi um gole da Smirnoff no copo vermelho
–É...
Passamos muito tempo conversando sobre besteiras e coisas importantes, na verdade, o tempo pareceu voar. Depois, o celular dele fez um barulho, ele pegou o e observou por um instante.
–Suzi e Mike estão procurando por você. – Ele digitou alguma coisa e guardou o celular
–Jura? Mas que horas são?
–2h e pouco... Não está muito tarde.
–Preciso ir. – Levantei – Eu não dou notícias há quase 4 horas.
–Tem razão. Vamos.
Descemos todas as escadas ainda conversando e rindo, paramos no estacionamento.
–Onde eles estão?
–Eles já foram eu disse que levaria você.
–Oquê?
–Eu disse que levaria você em casa, seus primos beberam e foram de taxi.
–Você também bebeu.
–1 copo de Smirnoff há 4 horas não conta.
–Você poderia ter me contado que faria isso.
–Desculpe Lis, na próxima eu aviso e pergunto se você se importa de ir comigo, mas agora não há escolha. – Ele falou com um tom de decepção forçada
–Tá tudo bem... – Sorri – Vamos?
Fomos rindo e conversando até ele parar em frente ao meu prédio.
–É aqui que você mora? – Ele perguntou examinando
–Sim...
Trocamos o número dos celulares, me despedi e entrei em casa. Me peguei sorrindo ao lembrar da festa, mesmo que eu tenha ficado muito pouco na verdadeira festa, e o Dick... Como cresceu, e como ficou lindo, como me fez rir de piadas idiotas durante toda a noite.Acorda Alícia! Eu quase nunca usava o meu celular, estava sempre descarregado. Antes de dormir conectei o celular ao carregador.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Fanfic: Black Angel

Notas:
Classificação: +13
Categorias: ArrowOs Vingadores - The AvengersBatman the Dark KnightBatman 
Gêneros: Romance, ação.

Fanfic criada por mim, Karol Novas, Sonhadora.


Capítulo 1
Nostalgia
Pov. Alícia
Não sei por que os homens da noite, os homens que mataram a minha família, costumavam me chamar de Black Angel, mas sei que jamais voltarei a ser aquela Alicia, depois de tudo o que eu fiz, jamais voltarei a ser aquela garota feliz e cheia de vida, que mesmo depois de ter visto os pais serem assassinados era pura de coração.
...]
Passavam das 2h da manha quando cheguei ao lugar onde atualmente eu morava.Que lugar horrível!
Tirei o casaco e o atirei no sofá velho, coloquei minhas chaves na estante e me sentei na beira do sofá, coloquei as mãos na cabeça e fitei o chão.
–Quase! – Murmurei – Quase peguei um daqueles cretinos... Pelo menos ele me deixou uma pista... – Vasculhei o bolso do meu casaco até encontrar o pedaço de metal que eu havia conseguido arrancar de um deles durante a última batalha
Analisei bem aquilo que era feito de um metal forte. Só consegui um pequeno pedaço daquilo que parecia ser um pingente ou um amuleto – que pelo jeito devia funcionar já que o homem só não morreu porque minha pequena flecha foi atirada com muita distância não o acertou, o metal quebrou, mas o infeliz sobreviveu.
Era possível ler “Rogers” gravado em letras minúsculas, “MRogers” na verdade.
Senti meus olhos pesarem, encostei minha cabeça no sofá e coloquei meus pés em cima da pequena mesa de centro e adormeci ali mesmo.
Acordei atrasada para o trabalho, eu precisava me sustentar de algum jeito, trabalhava na lanchonete dos meus... “tios”. Eles me encontraram na noite em que perdi meus pais, Dona Martha e Senhor Theodore Lane. Eles me trataram como filha. Eles tinham uma pequena lanchonete a poucas quadras da minha “casa”.
Entrei no banheiro arrancando minhas roupas pretas e coladas e saí do banheiro com os cabelos presos em um rabo de cavalo baixo, com o vestido vermelho xadrez, o avental branco e as sapatilhas brancas.
Joguei meu casaco e a minha arma mais usada no quarto que eu não havia usado e depois passei pela porta trancando-a.
Cheguei à lanchonete e fui para a parte de trás do balcão. Dona Martha e Theodore não estavam por perto, além de Lucy, filha mais nova dos Lane, não havia mais de quatro fregueses ocupando mesas.
–Obrigada Lucy, te devo uma. – Forcei um sorriso
–Me deve outra. – Ela revirou os olhos e entrou na cozinha
–Parece que alguém precisa de um despertador novo. – Theodore saiu da cozinha
–Bom dia Théo. – Eu já havia sido proibida de chamá-lo de senhor – Me desculpe pelo atraso... De novo.
–Está tudo bem, Alicia. Dormiu muito ou pouco?
–Muito... Dormi de mais...
–Bem, mas o seu síndico me disse que procurou por você e que não viu você chegar.
–Como eu disse Théo, dormi muito cedo... O que ele queria com o senhor?
–Isso não importa. – Ele sorriu
–Era o aluguel, não era?
–Eu já acertei tudo com ele, Alicia. Não se preocupe.
–Eu prometo que vou pagar!
Horas se arrastaram até às 18h quando eu fechei a lanchonete, não posso negar que estava ansiosa para voltar para casa e assim investigar mais sobre o amuleto.
Coloquei de novo as roupas de couro pretas e apertadas, coloquei as botas e o sobretudo fechado com um cinto largo. Prendi minha arma em um cinto preso a minha perna, não seria necessário, mas aprendi a nunca sair de casa sem estar preparada. Guardei o pedaço de amuleto no bolso esquerdo do casaco. Abri a janela e passei por ela ficando em pé naquele pedacinho de concreto, subi pelas janelas até chegar no último andar, agora eu estava na cobertura. A lua estava cheia e enorme.
Eu precisaria usar os computadores da faculdade onde um dos filhos dos Lane estudava e eu havia visitado – como aluna – há muito tempo.
Eu conhecia muito bem o caminho, fui andando – na verdade pulando, muros, escadas, janelas, sempre em cima dos prédios – sem pressa. Foi fácil entrar no cyber café da faculdade, liguei um computador e usando as senhas e dados que eu usava para hackear, entrei direto na lista dos procurados da polícia, não havia muitos homens que usavam o nome MRogers, mas nenhum deles se encaixava com o homem que eu encontrei na noite passada.
Percebi que não conseguiria nada naquela noite, desliguei o computador e andei até a janela aberta. Observei bem o lugar e resolvi andar um pouco pela minha antiga faculdade. Já era mais de 1h da manha, eu não encontraria ninguém, era seguro para dar uma volta.
Andei sem pressa sentindo uma nostalgia estranha. Parei em frente à piscina.
Ter optado pelo curso por correspondência me dava liberdade para as minhas... Atividades extracurriculares. Eu não precisava dar satisfações a ninguém, por outro lado, eu não tinha amigos.
Voltei para casa pensando na vida que deixei para trás, de qualquer forma, esse assunto não estava aberto para debates internos.
Quando cheguei, entrei pela janela da minha própria casa. Depois de um banho longo, tranquei minhas roupas no armário junto com minhas armas e equipamentos, depois dormi.
...]
–Que milagre! – Exclamou Lucy ao me ver entrar na lanchonete pela manha – Dona Alicia chegando na hora!
–Bom dia Lucy. – Sorri forçadamente
–Não torra a paciência Lucy. – Falou Susana, filha mais velha dos Lane – Como é bom ver você, Alicia! – Ela correu para me abraçar
–Que surpresa, Suzi! Quando chegou de viagem?
–Ontem à noite. Não quis incomodar.
A lanchonete estava sem freguês algum, Lucy, Susana e eu ocupávamos uma mesa quando Mike, filho do meio dos Lane entrou pela porta da frente.
–Bom dia, maninhas. Bom dia, gata... – Mike correu e me roubou um beijo na bochecha
–Mike... – Eu podia começar um discurso, mas desisti, ele foi direto para a cozinha.
Logo o dia passou. Susana não voltaria tão cedo à Europa então tínhamos tempo para conversar bastante, Lucy continuou pegando no pé e não vi Mike o resto do dia.
Quando o último freguês saiu, Susana voltou saltitando acompanhada por Mike. Martha e Theodore também saíram da cozinha.
–Festinha! – Berrou Mike
–Hoje vai rolar a maior festa na em todo campus, uma festa aberta e é claro que vocês vão, né? – Perguntou Susana direcionando-se a Lucy e eu.
–Estou dento. – Falou Lucy tirando o avental
–Hoje? Ér... Me desculpem... – Falei baixo
–Aaah, qual é, gatinha? Você nunca se diverte? – Mike bateu o pé
–Desculpa, eu ainda preciso... Estudar.
–Fala sério, Alicia! Todo mundo sabe que você é um gênio, nunca precisa estudar para nada! – Protestou Suzi
–Alicia, é sexta-feira, você nunca sai não se diverte, não tem amigos... – Dona Martha me fez olhar para ela
–Encare isso como um favor para o seu velho tio de criação? – Pediu Theodore, eu não tinha como negar.
–Tudo bem, eu vou. – Mike e Suzi comemoraram
–Então vá se arrumar nos vemos às 22h. – Suzi finalizou e saiu
...]
Notas: Façam uma escritora feliz e comentem *u*

Fanfic: Black Angel - Sinopse e Personagens

Sinopse:
Meu nome é Alícia Amell, quando eu tinha apenas quatro anos, meus pais foram assassinados brutalmente na minha frente. Sobrevivi apenas por 'eles' não saberem da minha existência. Agora, eu uso o nome Black Angel para... Exterminar os Homens da Noite, bandidos que aterrorizam a cidade em segredo. Não faço nada mais do que a minha obrigação, talvez seja justiça, talvez seja vingança, não importa o nome, o quer que seja me faz bem e eu não vou parar.

Personagens:

Nick Fury:



Natasha:


Clint Barton/Gavião Arqueiro:



Dick Grayson:




sábado, 20 de julho de 2013

Dizer Adeus à um Urso de Pelúcia

Você estava com uma camisa preta e fones de ouvido brancos. Você era o mais bonito da festa e eu tentei não olhar. Você não me agradeceu quando pediu que eu segurasse o seu celular e sei que percebeu quando te olhei na quadra de vôlei.
No fim de tudo, você finalmente falou comigo. E gaguejou. Eu tinha um sorvete de uva e estava sozinha no balanço colorido. Você disse que esperava me ver de novo. Repassando a cena em minha mente, parece um filme. Mas não pode ser um, porque filmes adolescentes sempre têm um final feliz.
Não quero acreditar que você me tratou como mais uma, mas a verdade é essa e está explícita para todos que querem ver. Agora você é só mais uma cicatriz. Mais uma cicatriz em mim.
Você ditava as minhas qualidades todos os dias. Falava o que eu queria ouvir, fazia com que eu me sentisse bem. Mas agora eu acho que tudo fazia parte do seu jogo. Me fazer sorrir para depois me fazer chorar. Porque eu fui tão substituível para você.
Porque você me fazia sentir assim. Idiota. Me fazia querer esquecer dos meus problemas e querer ser só mais uma adolescente ridícula com "problemas" patéticos. Mas eu nunca poderia ser assim, seria fácil de mais.
Eu me protegi tanto contra você. Me escondi, menti, ignorei, reforcei as minhas barreiras. Mas quando você as ultrapassou, destruiu cada parte de mim. Me estragou.
Um dia você me perguntou se eu acreditava no amor. Eu disse que não. E você disse que me faria acreditar, me provaria que era real. Você me disse coisas lindas. Mentiras lindas. Você disse que com você seria diferente. Disse que me amava. Disse que seria para sempre.

Você me fez chorar, por isso acho que tenho todo direito de xingar você.

E talvez eu ainda seja idiota o suficiente para chorar por você, porque não consigo deletar você da minha mente com a facilidade que deletei o seu número do meu celular. Talvez eu faça isso porque sinto a sua falta. E ninguém sabe o quanto.
E aí você disse adeus e essa foi a única coisa verdadeira que saiu da sua boca. Você se foi se tornando mais um motivo para eu não acreditar no amor.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

De uma Sonhadora, para um Anjo .

Talvez eu tenha começado a entender que não posso entender nada. Porque isso ainda está fora do meu alcance. Eu sei que existe algo maior, algo que cuida de tudo e que eu jamais poderei entender. E antes de ter essas respostas, dúvidas cruéis, inseguranças e pensamentos tolos me enchiam. E isso causou uma dor intensa em mim por anos, e talvez, e só talvez eu esteja aprendendo a lidar com ela.
Eu pensava que a dor que eu sentia era a prova de que tudo o que existiu era real e que essa dor era o maior sentimento que eu conhecia. Agora eu sei que não. A dor diminuiu em meu peito deixando apenas um sufocante e imenso buraco que às vezes dificulta a minha respiração. Tudo virou saudade. A mesma saudade que eu ignorei no começo e que agora está presente em tudo o que os meus olhos alcançam. Uma saudade impossível de ser controlada. Isso é outra de todas as outras coisas que estão fora do meu alcance.
Eu não entendi, mas talvez eu tenha aceitado. Talvez eu ainda fique revoltada e renegue todas essas palavras, ou então eu fique pior do que antes, mas agora eu resolvi enxergar o caminho que há tanto tempo brilha à minha frente. Isso não significa que vou deixar de chorar ou sofrer. Eu só não vou mais sofrer pela dor de vê-la sendo arrancada por mãos maiores que as minhas sem direito a uma mínima despedida. Vou chorar e vou sofrer apenas pela saudade que me invade sempre que tem chance. Mas vou tentar amortecer o meu coração com a certeza de que a verei de novo. E isso é tudo o que eu preciso para continuar.

Canto quando sinto a sua falta, rezo pelo bem da tua alma. Eu só queria que você vivesse mais! A vida te levou, e me deixou aqui e o que você me ensinou é o que me faz feliz.
Que Deus te dê um bom lugar, e guarde uma pra mim. E quando for a minha vez, te encontro por aí.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ajuda!

Tudo o que eu sei é que estou perdida. Não sei o por quê, não sei onde, não sei nada.
Os gritos continuam em minha mente. Minha cabeça gira e eu me sinto tão cansada. Abracei minhas pernas contra o peito me transformando em uma bola. Eu só não quero ouvir. Fechei os olhos lutando contra as lágrimas.
Por que "pedir ajuda" soa tão ofensivo?
Eu sei que posso aguentar mais do que isso, eu devia conseguir!. Mas estou tão exausta. Voltar para casa é uma constante tortura psicológica.
Eu já ouvi diversos conselhos que me orientaram a pedir ajuda. Não é um crime, é? Não tenho a quem recorrer. Me sinto tão estúpida e fraca. Fraca. Me sinto fraca em pensar nessas possibilidades. Eu devia ser mais forte e segurar a barra. Nunca me senti tão fraca.
Eu tenho amigos suficientes para desabafar por uma vida inteira, mas isso não é mais o suficiente. Chorar no colo de uma amiga tira uma tonelada dos meus ombros, mas eu preciso de uma solução. Preciso de alguém que me mostre a direção. Psicólogo, psiquiatra, dane-se o nome, só preciso disso.
Há duas vozes em minha mente. Uma diz o quão estúpido isso é, como é ridículo ser tão vulnerável assim. E a outra apoia todos esses pensamentos insanos e quase impossíveis.
Como se só houvessem duas vozes'



"Eu sou

Um pouco de solidão
Um pouco de negligência
Um punhado de reclamações
Mas eu não posso evitar o fato
De que todos podem ver essas cicatrizes
...
Eu não posso sentir como sentia antes
[...] O tempo não vai mais curar essa ferida
Não vire suas costas para mim
Eu não serei ignorado
Não, me escute agora
Você terá que me ouvir agora
Goste disso ou não, agora mesmo..."
Linkin Park - Faint

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Carta para um Anjo

A saudade quase me sufocou, mas não posso me permitir sufocar. Ainda não.


Princesa Alada,
Mamãe, Gabi e seu papai estão bem, o melhor que se pode estar de "bem". Algumas coisas mudaram, outras são as mesmas. E eu... É estúpido de mais tentar mentir para um anjo, mas você sabe como eu estou, você sabe o que eu sinto e sabe o que eu passo.
Eu sinto tanto a sua falta quanto se é possível sentir falta de alguém. Eu sinto falta de acordar cedo, do suco de mamão, do seu sorriso e do seu olhar de anjo. Sinto falta de deixar você deitada em meu peito. Todos os dias eu saia de casa e dava "tchau" para você e eu dizia que faria isso até você me responder. Eu sinto falta daquilo que não aconteceu. Nós tínhamos tantos planos. Eu esperava o dia de levar você à escola, o dia de levar você ao shopping. Esperava pela sua primeira briga com a amiga e pelo dia de levar você para tomar sorvete.
Eu sinto falta do seu choro e da sua risada alegre.
E eu não consigo ver você. Mamãe diz que vê você em sonhos, mas eu não consigo...
Às vezes lembranças me atormentam, me assustam e me trazem pesadelos. Aquelas lembranças. Aquelas que eu não esqueço.
Às vezes eu caio. Perco as forças para ficar em pé e só sei chorar, depois, brigo comigo por isso. Ainda não posso me dar o luxo de sofrer. Não assim, exteriormente.
Faço o que posso para deixar o vento levar esses pensamentos.
Eu não sei como isso é possível. Quero dizer, nunca imaginei tamanha ferida.
Eu prometi que seria forte. Forte. Eu não sei mais até quando.
A saudade me sufoca. Esse sentimento pode ser tão cruel. Eu não estava preparada para senti-lo assim.
Dói muito admitir que eu esqueço tudo o que passamos. Dos seis meses que você viveu, apenas restaram flashs. Flashs rápidos que me surpreendem e me derrubam de repente.
Eu não sei no que devo acreditar. Eu não sei quando essa dor vai passar e não sei quando a verei de novo.
Eu daria tudo para que você estivesse aqui. Eu queria tanto que você estivesse aqui.
Mas isso vai passar. Esse momento que eu pareço fraca e esse outro em que eu choro. Vai passar. Eu ainda não tenho permissão para cair, não enquanto tiver que ser forte. São momentos de fraqueza que me fazem chorar, mas "eu estou bem" e vou continuar "bem" enquanto for necessário.
Enquanto isso, o que posso dizer é sinto sua falta, Raio de Sol.

"Aonde está você agora
Além de aqui, dentro de mim...
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando eu vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem..."
Vento no Litoral - Renato Russo